segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Exercício físico na juventude

Cientificamente discutido e inquestionável, o exercício físico tem se tornado aliado à saúde de iniciantes ao esporte, de praticantes e de atletas de alto rendimento do mundo inteiro (Haskell et al., 2007). Uma coisa é bastante certa: quanto mais cedo tem o seu início, melhor para a saúde e a qualidade de vida (Maia et al., 2001). Um ponto bastante preocupante é que o avançar da idade é acompanhado de uma tendência a um declínio do gasto energético médio diário à custa de uma menor atividade física.
Isso decorre basicamente de fatores comportamentais e sociais, como o aumento dos compromissos estudantis e/ou profissionais (Lazzoli et al., 1998). Na tentativa de neutralizar esse quase que abandono, estudos de Maia et al. (2001) mostram que, além dos benefícios diretos dos exercícios físicos, quando iniciados na infância ou adolescência, ele torna-se mais estável na vida adulta e, portanto, maior a aderência ao treinamento e ao distanciamento do sedentarismo e das doenças, em especial as crônico-degenerativas (hipertensão arterial, diabetes, câncer, doenças cardiovasculares, obesidade, osteoporose e depressão) que, embora revelam-se na quarta década de vida, por volta dos 40 anos, têm a sua sedimentação na infância e adolescência (Paffenbarger et al., 1993).
Fato bastante conhecido é a obesidade em muitos de nossos jovens. Condições associadas ao aumento da obesidade, ocorridas nos últimos anos, ainda não estão bem definidas. Uma das principais hipóteses relaciona o aumento da obesidade ao declínio do gasto energético nos indivíduos (Costa et al., 2014). O gasto energético é diminuído com a crescente necessidade de tecnologia. Há uma evidente associação entre sedentarismo, obesidade e dislipidemias, e as crianças obesas provavelmente se tornarão adultos obesos. Dessa forma, criar o hábito de vida ativo na infância e na adolescência poderá reduzir a incidência de obesidade e doenças cardiovasculares na idade adulta (Lazzoli et al., 1998).
Sendo assim, vamos ao treinamento. Não fique parado. Não seja sedentário. Comece já os exercícios físicos e uma alimentação equilibrada e saudável. Siga as recomendações do Colégio Americano de Medicina do Esporte: realize 30 minutos de exercícios físicos aeróbios com intensidade moderada, em uma freqüência de cinco dias da semana ou mesmo com um tempo de 20 minutos em intensidades mais vigorosas, em três dias da semana(Haskell et al., 2007).
• Costa MAP, Vasconcelos AGG, Fonseca MJM. Prevalência de obesidade, excesso de peso e obesidade abdominal e associação com prática de atividade física em uma universidade federal. Rev. bras. epidemiol., São Paulo, v.17, 2014.
• Haskell WL, Lee IM, Pate RR, Powell KE, Blair SN, Franklin BA, Macera CA, Heath GW, Thompson PD, Bauman A. Physical activity and public health: updated recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Med Sci Sports Exerc. v.39(8):p.1423-34, 2007.
• Lazzoli JK, Nóbrega ACL, Carvalho T et al. Atividade física e saúde na infância e adolescência. Rev Bras Med Esporte, Niterói , v. 4: p. 107-109, 1998.
• Maia JA, Lefevre J, Claessens A, Renson R, Vanreusel B, Beunen G. Tracking of physical fitness during adolescence: a panel study in boys. Med Sci Sports Exerc. v.33:p.765-71, 2001
• Paffenbarger RS, Hyde RT, Wing AL, Lee IM, Jung DL, Kampert JB. The association of changes in physical-activity level and other lifestyle characteristics with mortality among men. N Engl J Med.v.328(8):p.538-45,1993.
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