Esse tópico é bem recente nas discussões sobre corrida e ainda existem muitas dúvidas e controversas. Uma delas é se o corredor mantém o mesmo padrão de aterrissagem durante todo percurso ou se varia sua forma de pisar ao longo do tempo. Na tentativa de responder essa questão este mês foi publicada uma pesquisa que conseguiu, com um equipamento simples mas de forma inovadora, avaliar todas as pisadas de um corredor ao longo de uma corrida de montanha.
Kilian Jornet, um dos ultramaratonistas mais famosos da atualidade foi avaliado durante a Kilian's Classik in Font-Romeau, uma corrida de montanha de 45km. Ele ganhou a prova com um tempo de 4h23m18s e suas passadas foram capturadas por duas horas.
Resultado: ele apresentou os três tipos de aterrissagem (médio pé, antepé e calcanhar) ao longo da prova. As alterações ocorreram devido as inclinações do terreno, o que é o mais simples de se imaginar. Porém, os autores da pesquisa também especulam interferência de fatores como fadiga muscular e performance.
Não foi possível classificar Kilian Jornet como tendo uma “pisada com médio pé” ou uma “pisada com o calcanhar” e isso pode ser visto como algo bastante positivo. A capacidade do corpo de se adaptar e mudar seu padrão de movimento pode ajudar na performance, na economia de energia e até na proteção das articulações.
Embora essas sejam ideias ainda somente especulativas, a avaliação dos corredores fora de laboratórios, de forma mais contínua e natural, com certeza abrirá portas para várias descobertas.
Referência: Foot strike pattern and impact continuous measurements during a trail running race: proof of concept in a world-class athlete.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2015/04/estudo-diz-que-mudamos-nossa-forma-de-pisar-ao-longo-da-corrida.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário