Um brinde à superação marcou a chegada dos mais de 900 maratonistas que deixaram Porto Alegre em direção a Gramado na noite de ontem. Criada para homenagear pacientes e ex-pacientes com câncer, a Maratona do Revezamento partiu da Hospital de Clínicas às 19h de sexta-feira, com o acendimento da tocha levada pelos corredores, e segue até as 19h de hoje no Lago Joaquina Bier.
O fogo chegou a Gramado às 13h. Com o acendimento da pira, três equipes iniciaram uma caminhada ao redor do lago. Por volta das 16h, cerca de 2 mil pessoas movimentavam um dos principais pontos turísticos do município da Serra.
O objetivo da maratona, que é realizada neste formato pela segunda vez, é alertar as pessoas para a importância de não perder tempo na busca do atendimento contra o câncer, de acordo com a organização.
Ao final do evento, a chama da pira será transferida para 13 lamparinas de cristal com o nome dos homenageados. Elas serão colocadas para flutuar no lago.
No domingo, dia 30, o Instituto de Câncer Infantil promove a Corrida pela Vida em Porto Alegre. Para informações e inscrições, ligue para (51) 3331-8704.
As vitórias de Fabrício
A ideia de transformar a Corrida pela Vida de Gramado em uma maratona de revezamento desde a Capital partiu de um vencedor. Fabrício Bertoluci, 25 anos, formado em Direito e agora estudante de Fisioterapia, enfrentou um câncer no intestino com 10 anos.
— Fomos a Porto Alegre para fazer um exame endocrinológico e tomamos um susto. Conhecer o Instituto do Câncer foi como a luz de um anjo da guarda no nosso caminho — lembra Fábio, pai de Fabrício.
O hospital fez parte do dia a dia da família ao longo de dois anos. Depois, ficou o comprometimento com a divulgação do trabalho que devolveu a saúde do filho mais velho, hoje parceiro fiel na organização das campanhas beneficentes.
O índice de cura no instituto passa de 80%. Medicamentos mais eficazes e pesquisas para combinar melhor resultado com a menor toxidade elevam a estatística. O instituto tem 27 leitos de internação, atende em média 50 pacientes ambulatoriais por dia e já tratou mais de 2 mil crianças e jovens com câncer nas últimas duas décadas.
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