domingo, 31 de julho de 2011

Meias de compressão: utilidade ou modismo?


Elas estão cada vez mais presentes, seja no treino ou nas competições. As meias compressivas se tornaram uma verdadeira febre entre os corredores. Mas, será que esses acessórios influenciam mesmo no desempenho?

“O objetivo dessas meias é favorecer o retorno venoso da circulação, colaborando com o músculo da panturrilha”, afirma a fisioterapeuta Andrea Kayo, de São Paulo, mestre em ciências da saúde e especialista em fisioterapia ortopédica e traumatológica. A especialista observa que “elas são semelhantes àquelas usadas por pessoas com problemas circulatórios”.

Andrea lembra que alguns estudos científicos já foram realizados para descobrir a eficácia das meias. Em um deles, um grupo de homens corredores treinados foi submetido a um teste gradativo na esteira até a exaustão máxima, com e sem a meia abaixo do joelho. O resultado mostrou que os primeiros apresentaram uma pequena melhora no consumo máximo de oxigênio e suportaram mais tempo (um minuto a 26 segundos) no teste de esforço. Entretanto, estas diferenças não foram estatisticamente significantes a ponto de afirmar a sua eficiência. “Apesar de serem bastante usadas, ainda faltam estudos que comprovem a sua verdadeira efetividade”, diz Andrea.

As versões atuais são mais esportivas, confeccionadas em algodão. “Para o efeito de compressão há aplicações em fibras sintéticas de poliamida e elastano. Porém, essas meias são diferentes daquelas utilizadas em casos cirúrgicos”, comenta Andrea. O médico vascular é o profissional mais adequado para avaliar a real necessidade do uso, assim como o grau de compressão indicado em cada caso. “O uso sem orientação pode trazer sérias complicações, não só no desempenho como também pode interferir na boa saúde do atleta”

De acordo com a fisioterapeuta, caso não hajam problemas circulatórios, um reforço muscular na panturrilha é o ideal, pois impulsiona as passadas, favorecendo a boa circulação, minimizando inchaço e dores causadas por acúmulo de ácido láctico.

Fonte: http://www.jornalcorrida.com.br/runbrasil/?p=2029

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